uma verdade contra " pulhíticos " :
"no dia em que eu abandonar o poder, quem virar os meus bolsos do avesso, só encontrará pó"
Salazar (15.08.1968)
Golegã ... ... ...
com discreto e inédito charme
homeopatia - um caso surpreendente
carta aberta a Carlos Fiolhais
O texto assinado por si que saiu no PÚBLICO de 5 de Novembro com o título de “Ciência diluída”
deixou-me profundamente zangado: o seu ataque à homeopatia não tem pés nem cabeça, é
insultuoso, mentiroso, e demonstra uma ignorância inacreditável porque a homeopatia começa a ser
levada a sério pela medicina convencional em todo o mundo e há protocolos homeopáticos em uso e
experimentação pelos mais rígidos e incrédulos cientistas das mais perfiladas instituições académicas e hospitalares.
Houve um dia em que acordei de manhã com um alto no pescoço. Verifiquei com o meu dentista: não
tinha nada que ver com dentes. Depois fui ao meu otorrino: “O senhor tem uma massa na faringe”.
Fui fazer um TAC: era um cancro de grau IV – ou seja, letal. Metástases na cadeia linfática, etc.
Consultei vários oncologistas aqui e ali e até acolá (no estrangeiro): três a quatro meses de vida. As
armas deles, nucleares (rádio), químicas e convencionais (cirurgia), não se aplicam no meu caso,
disseram-me com grande honestidade. Só serviriam para atrasar o progresso do cancro... e para me
deixar sem maxilar, com um cateter metido na garganta para poder comer e respirar, além dos habituais vómitos, enjoos, queda de cabelo, etc.
Isto foi no final de Maio de 2012. Há dois anos e meio. Neste intervalo de tempo, escrevi e publiquei
dois romances, organizei e também publiquei uma colectânea de crónicas, tenho aqui no computador
mais dois romances acabados e um pequeno livro de contos. Passeei, fui à praia, brinquei com os
meus netos e os meus cães, fiz companhia à minha mulher, estive com amigos, escrevi sobre arte para
o PÚBLICO. Não me caiu cabelo, não tive vómitos. Em poucas palavras: tenho dois anos e meio de
qualidade de vida por cima da sentença de morte ditada pelos oncologistas da medicina oficial.
Já toda a gente que estiver a ler esta carta terá adivinhado o que vou escrever a seguir: sim, tenho sido
acompanhado pela medicina homeopática, os seus tratamentos, os suplementos alimentares que
prescreve e uma revisão radical da minha alimentação. Ninguém me prometeu milagre nenhum.
Estou vivo e activo há dois anos e meio, leu bem Doutor Fiolhais. O conselho que lhe dou é que esteja calado acerca daquilo de que não sabe nada.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Varela Gomes (Prof. reformado da Universidade de Coimbra) - Público 8.11.2014
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